23/05/2007

Escuridão


Escuro de um negro
tão breu,
quanto minha alma
e eu.

Asa de um corvo.
Presságio.
Cobre-me o corpo.
Adágio.

Não me venhas
com rosa e liláz,
e tudo que
a beleza tráz.

Que hoje quero terror
de caverna escura,
úmida e dura.

O véu da cegueira.
Omissão segura,
voluntária e pura.

Noite sem estrela,
nem luz de lua.
Que apague
a lembrança tua.

Um comentário: